21 de novembro de 2014

Um legado doce

Por Adriel Abreu

Toda escola tem aquele cara que vende as balinhas que é conhecido universalmente como o “tio”. Roni Alves Ribeiro é muito mais do que um simples “tio”, ele faz parte da história do Cepae. Há 22 anos ele exerce a profissão de vendedor na frente da instituição. E, muito mais do que uma simples opção, ele está seguindo um legado do seu pai, que foi vendedor no mesmo local. Roni Alves Ribeiro tem 44 anos, trabalha em dois empregos, e já trabalhou dentro e fora do Cepae. Mais do que um vendedor, ele é uma caricatura da escola. Bem quisto pelos alunos, pais e professores.

Adriel Abreu: Como é trabalhar de vendedor na porta do Cepae?

Roni A. Ribeiro: Bom, é muito gratificante, pois eu gosto de trabalhar com as pessoas mais jovens, se aprende bastante. Além do mais, eu faço mais do que vender, eu também sou quase um porteiro. E é muito legal saber que tem pessoas que confiam em você. Por exemplo, tem pais que deixam dinheiro comigo para dar para os seus filhos – já que eu conheço todo mundo – e também me pedem para dar recados para eles. Enfim, é bem gratificante.

AA: Qual é a sua relação com a instituição?

RR: Simples, posso dizer com uma palavra: respeito. Eles respeitam o meu trabalho e confiam em mim e, quando necessário, sou eu que falo para os coordenadores o que os alunos estão fazendo. Caso tenha brigas ou alunos pulando o muro da escola. No final, os dois se ajudam. E tem vezes que, quando eles precisam da minha ajuda lá dentro, eu estou sempre ajudando. Eu já até trabalhei como auxiliar de limpeza aqui na escola. Só não continuei porque o horário estava entrando em choque com o meu outro serviço.

AA: O que levou o senhor a escolher trabalhar aqui de frente ao Cepae?

RR: Pra falar a verdade, eu estou fazendo o que o meu pai costumava fazer. Por muitos anos o meu pai trabalhou aqui de frente a esta escola. Lembro-me dos tempos em que eu vinha com ele. Sempre gostei de trabalhar com vendas. E agora que ele está falecido, eu tomei essa forma de ganhar dinheiro. Porque eu trabalho na Comurg(Companhia de Urbanização de Goiânia) na parte da tarde e noite, então a parte da manhã com esse serviço é uma forma de ganhar mais dinheiro. (Agência de Notícias UFG)

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