12 de novembro de 2014

Estudante de Licenciatura em história, Ricardo Lenard, fala sobre a Faculdade de História e sobre eleição do DCE

Por Cesar Fontenelle

Uma universidade não é nada sem os estudantes. Por isso, não tinha melhor pessoa para nos falar sobre a Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás (FH-UFG) do que um estudante do curso. O discente Ricardo Leonard Alves, que cursa o 6° período de licenciatura em história, me recebeu no pátio da faculdade entre uma aula e outra. Ele, que faz parte do Centro Acadêmico de história (C.A.) e fez parte da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes da UFG (DCE), me falou o porquê de fazer licenciatura em história, o motivo de ter escolhido a UFG e o que espera da direção do Curso.

Cesar Fontenelle: Por que a Faculdade de História da UFG?

Ricardo Lenard: História sempre foi uma matéria que me interessou muito. Além disso, teve um professor no Ensino Médio que se destacou bastante. Para mim, ele foi muito importante, para minha vida pessoal e para minha vida acadêmica. Por isso escolhi história, pois ele me influenciou muito nesse sentido. Inclusive, hoje, ele é meu orientador. Escolhi história também em busca de orientação. Eu precisava de uma orientação para mim mesmo, para as minhas escolhas, enfim, para tudo. Escolhi a UFG porque é pública e por ter qualidade.

CF: Hoje, depois de ter ingressado na UFG e por já estar no 6° período, você está satisfeito com o curso? 

RL: Sim. Eu estou muito satisfeito, apesar de ter alguns problemas. Por exemplo, como eu sou aluno da licenciatura,  o curso se torna muito voltado para a educação nos dois últimos anos. Há algumas matérias, como psicologia da educação, que são bastante problemáticas, pois vão de encontro a tudo que a gente aprende em história. Ela é quase uma matéria de “como dominar os alunos”. Digo isso porque o que a gente ensina é diferente do que a gente aprende.

CF: Recentemente, a Faculdade de História recebeu nota 5 do MEC e 5 estrelas no Prêmio Melhores Universidades 2014. Você concorda com as notas recebidas? 

RL: Eu acho que, hoje, a FH-UFG tem vários problemas. Mesmo assim, os professores se dedicam bastante para a universidade e os alunos também são bem dedicados. Eu acho que essa nota diz muito bem o que é a FH, mas, mesmo assim, acredito que há vários problemas que precisam melhorar. 

CF: Em sua opinião, ainda mais como representante do C.A., a que você atribui o sucesso da FH/UFG?

RL: Atribuo aos professores, pois estão sempre incentivando a pesquisa e a extensão. 

CF: Você pesquisa? 

RL: Sim. Atualmente, estou pesquisando história do anarquismo e interpretação de símbolos dos adolescentes.

CF: Você recebe alguma bolsa? 

RL: Sim. Tenho bolsa PIBID e bolsa alimentação. 

CF: O C.A. de história tem tido voz na faculdade?

RL: Hoje, eu digo com quase uma convicta certeza que a atual direção da FH é bastante democrática, pois ela sempre tende a buscar a opinião dos estudantes e está sempre nos ouvindo e atendendo às demandas estudantis. Portanto, nós não temos uma relação de atrito, porque ela sempre está nos apoiando. Sempre há atritos e sempre haverá, pois são posições divergentes, mas ainda é uma relação bem sutil.

CF: O C.A. de história já tem uma posição sobre a eleição do DCE. Alguém da história vai se candidatar?

RL: O C.A. de história tem uma postura crítica a respeito da última direção do DCE, da qual eu fiz parte. O Centro Acadêmico sempre buscou a democracia, essa abertura para várias tendências políticas. Há pessoas no C.A. com divergência política muito grande, mas nós buscamos essa unidade. Hoje, das chapas inscritas, tem um menino da história que está participando, mas o C.A. não vai dar uma posição sobre alguma chapa, justamente para manter essa democracia interna, essa abertura para outras tendências políticas. Nós queremos um ambiente plural e democrático, por isso que a gente não busca dar uma posição política tão restrita. 

CF: Para terminarmos, um recado para a direção da FH. O que falta ser feito com urgência na FH para haver melhoria?

RL: Precisa incentivar mais os laboratórios de pesquisa e ensino. Mas o fundamental é dar mais abertura a espaço de cultura, o que seria uma fuga da universidade dentro da universidade. (Agência de Notícias UFG)

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