Estudante de Geografia, Sayury Santos, fala sobre suas expectativas e medos relacionados à escolha profissional

Por Letícia Cabral

Mesmo com a dificuldade apontada por Sayury Grazielly Maia dos Santos, 18 anos, em encontrar empregos na área do bacharelado em Geografia, a estudante que entrou este ano para o curso se propõe a vencer os desafios e foi atrás de seu sonho de entrar neste curso. Em entrevista, ela fala sobre suas expectativas e motivos para escolher este curso.

Letícia Cabral: Qual foi o motivo que a fez escolher o curso de Geografia?

Sayury Maia: Escolhi o curso porque sou louca e quero ser pobre (risos)... Escolhi esse curso por sempre ter achado muito interessante, tive dúvida entre outros, mas acabou que achei que Geografia se encaixava mais comigo, deste modo escolhi ele, mas desde o primeiro ano eu cogitava este curso.

LC: O curso vem atendendo suas expectativas?

SM: Não criei muitas expectativas ao entrar no curso, porque acho que quem cria muita expectativa se frustra. Mas, em geral, estou curtindo O curso.

LC: Qual sua impressão do mercado de trabalho na área?

SM: Eu faço bacharel e nessa área o mercado é realmente escasso, depende de concurso público que libera poucas vagas e muitas vezes ainda concorre com outros cursos, tipo engenharia florestal. Os salários são bons, mas é difícil alcançar os objetivos. Já na área de licenciatura, tem muito emprego, vejo amigos meus que nem formaram já em um trabalho fixo.

LC: Como você vê o curso de Geografia da UFG em comparação com o de outras faculdades? 

SM: O curso de geografia na UFG é um dos mais bem colocados do Brasil (bom, pelo menos já me falaram isso, não cheguei a ver dados) mas já vi dados que o IESA possui uma estrutura bem melhor que de outras faculdades, sempre disponibilizando ônibus para trabalhos de campo e eventos, no caso da um suporte muito bom, com diversos laboratórios e projetos de pesquisa.

LC: Qual mensagem você deixaria para os vestibulandos que pretendem fazer o curso?

SM: Eu falaria, hum nem sei (risos). Falaria para eles fazerem Geografia se realmente quisessem, não por não conseguir passar em outro curso e coisas assim, porque minha pontuação dava para passar em muitos cursos mesmo, engenharia, medicina e direito e mesmo assim escolhi Geografia, não porque o ponto de corte não é tão alto (é médio), mas por gostar mesmo. (Agência de Notícias UFG)