27 de novembro de 2014

Alunos e professores barram votação da Ebserh na UFG

Por Ana Dirino

No último dia 21 de novembro, alunos e professores barraram a votação sobre a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Hospital das Clínicas (HC). Eles afirmam que não houve debates suficientes com a comunidade universitária para esclarecer os impactos da empresa no HC. Além disso, denunciam que os conselheiros não estão representando devidamente suas unidades pois não levaram o debate aos Conselhos Diretores.

Com gritos de “Seu Orlando, preste atenção, a Ebserh é privatização” e “O HC é nosso, Fora Ebserh” alunos e professores de diversos cursos da UFG entraram no auditório da Biblioteca Central, onde ocorria o Conselho Universitário (Consuni). No início da reunião, o reitor Orlando Afonso Valle Amaral, afirmou que daria prioridade à fala dos conselheiros, mas foi pedida a abertura de três participações da comunidade acadêmica. Nas falas, a maioria dos conselheiros afirmaram não estar esclarecidos o suficiente para votar sobre o assunto, pois os documentos enviados pelo reitor para leitura, como, por exemplo, o contrato da empresa, carecem de pelo menos seis anexos. Houve falas a favor e contra a Ebserh, pedidos de um plebiscito e a formação de uma comissão que organize debates e analise as propostas. O reitor declarou que a situação do HC é insustentável tanto do pondo de vista financeiro como da contratação de funcionários. Professores discordaram, afirmando que a Ebserh não é a única opção, dando o exemplo de outras universidades que a partir de uma comissão elaboraram projetos de reestruturação dos hospitais. As propostas de plebiscito e formação de comissão não foram pautadas e a votação foi adiada.

Nacionalmente, existem denúncias de precarização e redução de verbas dos hospitais após a colocação da Ebserh na pauta nos conselhos, como tentativa de facilitar a adesão da empresa. No Hospital Universitário Graffréee Guinle (HUGG) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), de 2012 para 2013, ano que a empresa foi colocada em pauta, os investimentos foram reduzidos em 86%. No dia 3 de novembro de 2014, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) barrou a adesão a empresa mesmo depois de sua aprovação pelo conselho superior da univeridade, por meio de uma limiar da Ação Civil Pública obtida pelo Ministério Público Federal (MPF). Outras mobilizações acontecem em diversas universidades brasileiras. (Agência de Notícias UFG)

0 comentários:

Postar um comentário

© Agência de Notícias UFG 2012 | Blogger Template by Enny Law - Ngetik Dot Com - Nulis