Por Julie Tsukada
O projeto de restauração de nove telas da Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha de França da cidade de Corumbá de Goiás, feito pelo Laboratório de Conservação e Restauro do Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi concluído no último 5 de setembro. As obras, que são pinturas em cavalete, estavam no depósito da Igreja sem serem expostas e, por isso, sofreram com a ação do tempo e de outros agentes externos, como poeira, umidade e sujeira. Elas foram trabalhadas desde o final de janeiro deste ano pelo Laboratório, em uma parceria com a empresa ganhadora da licitação do projeto, por meio da verba fornecida pela Pró-Reitoria de Administração e Finanças (Proad).
Por não terem condições de serem tratadas na própria Igreja, tanto pela parte técnica quanto pelo ambiente, as telas foram trazidas para serem trabalhadas no Museu por Mônica de Lima Carvalho, coordenadora do projeto de restauração e conservadora do Museu. Como as telas estavam em um estado de conservação muito ruim, com forte grau de degradação tanto de suporte como de pintura, o trabalho de restauração foi bastante minucioso, como explicou Ana Cristina de Menezes Santoro, conservadora do Museu.
De acordo com Ana Cristina, foi realizada a limpeza do suporte das telas, que demorou pela quantidade de sujeira que elas continham. O material se encontrava tão fragilizado, que foi necessário realizar o processo de reentelamento, que consiste em aderi-lo a um tecido novo compatível, utilizando de um material de qualidade e próprio de restauro, dando resistência. As áreas de perda que antes haviam, como rasgos e furos, foram recompostas. Depois, foi realizada a reintegração da pintura e, por fim, a moldura foi recolocada, fazendo com que a obra ficasse pronta para ser devolvida à Igreja.
Duas das telas já foram devolvidas no momento da inauguração da Igreja e as sete que restaram serão devolvidas ao Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), órgão financiador da restauração da Igreja, que depois as devolverão à comunidade. (Agência de notícias UFG)
0 comentários:
Postar um comentário